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Aos desperdícios da WC Loc somámos o génio de BordaloII

É mesmo verdade! O nosso lixo virou arte nas mãos do artista Bordalo II e já o podem ver por aí, numa obra de arte perto de si. Não é apenas o mundo que dá muitas voltas, o nosso lixo também. E ainda bem!

WC Loc e Bordalo II vão lixARTE!
Apreciadores desde o primeiro minuto da obra do artista urbano Bordalo II, a qual seguimos entusiasticamente, ousámos, um dia, acreditar que tal como nós necessitamos da sua desconcertante inspiração e do seu refrescante talento – bem como todas as cidades do mundo que já batizou com as suas obras –, também o artista necessitaria da WC Loc e não nos referimos aos nossos serviços sanitários, ainda que também eles entrem nesta equação. Pode parecer um salto lógico demasiado ambicioso ou extravagante delírio, mas é apenas um salto e está cheio de lógica e muita sanidade. Não nos encontramos, obviamente, no mesmo paralelo, mas tocamos, inequivocamente, inúmeros pontos do mesmo meridiano.
Bordalo II e a sua equipa reinventam desperdícios com genialidade, manuseando-os com engenho e pura criatividade e com isso transformam lixo em obras de arte urbana que já conquistaram o planeta – para já, apenas o planeta Terra. Pelo caminho, por conta dos suportes e materiais que utiliza, o trabalho do artista instiga-nos e interroga-nos ininterruptamente. Alerta para a urgência de salvar a vida selvagem e respeitar os animais – seu tema de eleição –, enquanto reclama ainda a sua quota parte de responsabilidade na redução e recuperação dos desperdícios urbanos, acionando o seu talento ao serviço da total reciclagem do lixo que diariamente as ruas cospem nas cidades. Lixo que Bordalo II devolve na forma de arte plástica. Literalmente plástica pode mesmo acrescentar-se.
Uma arte com serviço, absolutamente inspiradora e cheia de metalinguagens ambientalistas. Uma obra consistente, celebrada um pouco por todo o mundo, com Portugal, Estados Unidos da América e França à cabeça, e que suscita tanta admiração quanto nos questiona sobre a forma como vivemos, como produzimos e como consumimos, num universo que nas últimas décadas venerou o descartável, idolatrou o usar e deitar fora.

Universos distintos, a mesma preocupação
Estas, precisamente, são questões com que a WC Loc, em todos os muitos países onde está presente – Portugal, Espanha, França, Bélgica e Canadá – se debate e às quais tenta dar resposta. Uma resposta que não aguarda futuro e que já é dada diariamente e em várias frentes. Desde logo, com sanitários, eles próprios recicláveis e transformados novamente em matéria que admite novas reciclagens, num ciclo de eterno retorno, de ininterrupta reutilização. Produtos amigos do ambiente e um serviço que tem como missão maior ajudar o Homem e o Planeta, com soluções diversificadas e adaptadas a qualquer circunstância, que visam o tratamento dos próprios desejos humanos. Coisas em que ninguém pensa ocupam a mente da enorme e diligente equipa da WC Loc, onde engenheiros e ambientalistas não são apenas profissões, mas saberes articulados que procuram soluções não poluentes para o tratamento de efluentes e que ambicionam reduzir a pegada humana.
Aqui chegados, é lógico que Bordalo II e WC Loc partilham o mesmo dialeto, ainda que não com o mesmo efeito artístico e que o salto de há pouco tem razão de ser e consubstancia-se na ação e na mudança de hábitos e formas de fazer. Na urgência de repensar, reduzir, reutilizar e reciclar. Quando todos estes erres, e mais alguns, culminam numa obra de arte, não apenas se cumpriu um objetivo – reaproveitar o nosso lixo –, como se elevou o desperdício a um patamar onde jamais o imaginaríamos. Bordalo II faz tudo isso, agora também com a ajuda da WC Loc, cujas placas são de plástico maleável, as quais o artista gosta de moldar.

Versão curta de uma parceria inspiradora
A sinopse deste entendimento entre o artista Bordalo II e a nossa empresa pode apenas deter-se na transação de matéria-prima, claro. É precisamente disso que se trata. Da decisão que um dia tomámos de que a nossa política de reciclagem podia e devia incluir novas linguagens e inspiradoras versões daquilo que se entende por reaproveitamento, recuperação ou reabilitação. Hoje, é com orgulho e alguma vaidade – confessamos o guilty pleasure e admitimos o entusiasmo –, que vemos os sanitários WC Loc assemblados nas obras de Bordalo II, artista de renome mundial.

O Caracol


Este será o nosso ano do Caracol, por ter sido esta a primeira obra de arte de Bordalo II a ser reabilitada com as placas que não há muito tempo formavam as paredes, chão e teto dos sanitários WC Loc que se encontravam em fim de vida. Uma humilde oferta que saiu diretamente dos nossos estaleiros do Barreiro para o atelier do artista, em Lisboa. Um passo de Caracol para o artista, que há muito coleta o seu lixo de eleição – plásticos – um pouco por toda a parte, mas um passo de gigante para a nossa política de recuperação de equipamentos velhos.

O cor-de-rosa é por nossa conta
Os nossos WC são vaidosos e pintam-se de muitas cores. Uma delas é o cor-de-rosa, cor que, segundo Bordalo II, não é das mais fáceis de obter e que graças à WC Loc o artista introduziu, já sem reservas, nas suas mais recentes obras.

Poesia e WC
Há algo de poético quando se pensa que o cubículo de uma casa de banho portátil – e a sua incontornável escatologia, desculpem a crueza, ainda que apenas as placas do habitáculo e não os sanitários sejam usados – são um meio potencial, igual a qualquer outro, na mente fervilhante de um artista que vê muito para lá do que todos nós. Ao olhar as placas de plástico descartadas, todos vemos apenas e tão-somente isso mesmo, enquanto Bordalo II observa já a sua fauna mágica, onde casas de banho portáteis e contentores velhos, brinquedos negligenciados ou embalagens de pudim não são já nada disso, mas algo muito maior e inspirador. Um olhar que todos acabamos por conseguir no final da obra concluída, mas apenas em modo zoom out, olhando bem de longe, já que as peças de arte de Bordalo II exigem distanciamento, obrigam ao recuo e à observação da obra ao longe. Só aí, à distância, tudo ganha forma e se distancia dos desperdícios que lhe deram vida. Só então vemos o que o artista já sabia ao olhar o mero lixo urbano. Que bom que é, fazer parte deste universo. Ainda que à distância.

Por tudo isto e muito mais, deixamos um anúncio ao artista:
Bordalo II, mi WC es tu WC.

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